
Apresentamos a exposição SIM pelo duo artístico 2, formado pelos artistas plásticos Julia Brandão e Matheus Chiaratti. SIM é o resultado de um trabalho iniciado há 5 meses pela dupla, que literalmente bordaram suas memórias afetivas e sentimentais em quadros de linho numa espécie de catarse.
Abrimos as portas da nossa galeria-loja para a dupla apresentar o projeto SIM, que para nós também era uma grande novidade! O mérito é todo deles, que em pouquíssimo tempo produziram 4 obras bordadas pequenas e 1 obra gigante de técnica variada, além de trabalhos individuais que casam com a temática da exposição.
O texto oficial da exposição, que você lê abaixo, foi escrito por Ludimilla Fonseca, marketing expert e amiga da dupla.
SIM é o ponto de encontro entre 2 artistas que bordaram um percurso de volta a sentimentos guardados e acabaram se (re)encontrando em memórias afetivas. E se esse caminho foi marcado por frustrações e decepções individuais, no momento em que a dupla se articula, a memória ganha forma através de seus atuais olhares positivos sobre estas frustrações.
Ao se juntarem (em uma espécie de “formalização” da amizade que os 2 mantêm há anos e que passou a produzir mais do que momentos, resultando em obras afetivas), Júlia e Matheus visualizaram a temática da memória como um espaço de celebração do “eu-artista” com as relações pessoais - principalmente os amores e as decepções, transpostas para o plano da forma. Assim, a mostra é composta por dois trabalhos individuais (um de cada artista), que se conectam a outras quatro peças produzidas a quatro mãos - todas de linho bordado.
A fascinação com materiais considerados descartáveis/desimportantes/cotidianos é o ponto de interseção entre seus trabalhos prévios e que se costuram na questão da memória e do tocar.
A peça individual de Júlia Brandão - uma escultura em gesso e parafina, é resultado de pesquisas que ela vem desenvolvendo em torno do conceito de "rachaduras como expressões da memória" (não só de um lugar, mas como cicatrizes que não nos deixam esquecer o passado).
Já Matheus, apresenta uma intervenção em caixa de acrílico com objetos do dia-a-dia que remetem a amores passados (e, não por acaso, frustrados). Memórias vidas, porém encaixotadas, como um "ready-made afetivo".
Deste modo, as telas em linho contrapõem os trabalhos solos que são revestidos de certa melancolia. Os bordados são, portanto, uma celebração da subjetividade de cada um dos artistas, incorporada e mediada pela produção da dupla. Os 2 criaram as telas como linhas coloridas do inconsciente, se concentrando na experiência corporificada do sentir. A mostra é uma lembrança de que não temos um lugar para onde ir ou lugar para on voltar; temos apenas o lugar onde estamos agora. E, SIM, é aqui que nos encontramos: nesse "meio-tempo" da memória.
A exposição fica até 30/07 aqui na PhD Galeria:
Av. São Luiz, 187 2˚ andar loja 25 - República - São Paulo - SP
Horários de Funcionamento:
Seg. à Qua. 10h - 00h (a porta da Galeria Metrópole fecha às 22h)
Qui. e Sex. 10h - 2h (a porta da Galeria Metrópole fecha às 00h)
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